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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Arcadas no Hinário 05

Nobríssimos conservos

Outra pergunta que insiste em não se calar:
Existem erros de arcadas, no H5 ?

Bem...
Arcadas e dedilhados nuuuuunca serão unânimes.

Um exemplo:
Jascha Heifetz tinha as suas e seu amigo e colega Natan Milstain tinha outras, nos mesmos Concertos. 
E ambos eram excelentes.

Existem escolas que muito influenciam na didática violinística: escola francesa, theca, alemã, russa, franco-belga, etc.
Cada uma com seu padrão didático-pedagógico.

As arcadas do H5, independente de padrões, foi produto de um consenso entre uns 20 irmãos profissionais de Cordas, que trabalharam durante anos, procurando o que melhor se adaptava ao nosso hinário.

Quem são esses irmãos:
- Spalla da OSSA
- Violinistas do Teatro Municipal de SP (OSM).
- Violinistas da OSUSP, OSSJC, OSSC, etc.
- Autores de métodos.
- Professores de curso superior de música.
- Etc... 

Não há erro.
Há consenso
Desejou-se fazer assim, e foi feito.

Recentemente alguns irmãos deste grupo, discutindo esse tema, mencionaram sobre Leopold Mozart.

Este foi um violinista, professor de música e compositor alemão. 
Dentre tantas peças que escreveu, há o notável tratado de violino, de cujas informações auxiliaram na didática da época (estilo, articulações, etc). 

Mas nada disso tem a ver com as arcadas utilizadas no hinário. 
Não há nenhuma relação de Leopold, com as arcadas para a música sacra e o canto congregacional que utilizamos.

Nossas arcadas no hinário são direções de arco padronizadas, adaptando-se às articulações do canto congregacional. 
Assim como são padronizadas nos naipes de cordas das orquestras sinfônicas, de câmera e qualquer outro grupo de cordas friccionadas.

Enfim. 
Não há erro. 
As arcadas são absolutamente tranquilas de serem executadas. 
É só estudar.
rsrsrs

Sobre formas de opinar:
Qualquer irmão é livre para expressar sua opinião sobre esse ou qualquer outro tema, porém quem é músico mesmo, sabe muito bem que, em se tratando de música, não é possível afirmar haver erros.

É desaconselhável insistir que isso ou aquilo é errado. 
Pois a música é uma ciência inexata (exceção à proporcionalidade, essa sim é exata).

Um dos atrativos da música é justamente o inexato, imprevisto, inóbvio, infrequente, eventual, surpreendente, etc.
A "quebra da rotina".

Portanto evitemos tais afirmações, quando se tratar de formas de execução e interpretação.
Afinal, "2 intérpretes jamais executarão iguais, um mesmo trecho musical."

O poder da Convenção:
"O que 2 ou mais intérpretes convencionam que deve ser executado assim, a convenção prevalece."

Portanto, quem, de sua visão, julgar haver equívocos na nossa construção musical, ou em qualquer outra, que se manifeste sabiamente, com palavras sóbrias e polidas, como:
"não acho essa arcada adequada", ou 
"acho que outra arcada seria mais indicada".
etc.

Pois ninguém, nenhum músico, nem autor, compositor, escola, ninguém detém a verdade absoluta.
Logo, qualquer afirmação não é nada mais do que mera opinião.

A arcada constante do H5, foi produzida para prática e execução do H5.
Quem desejar fazer parte desta orquestra, deve executar exatamente como está escrito.
Foi assim convencionada.

Obs: Esse resumo foi extraído de orientações recebidas dos irmãos que participaram da elaboração do hinário de cordas.
Não se trata de opinião pessoal.


Claudio Moraes

domingo, 2 de abril de 2017

A Viola no H5

 A Viola ccb

Nobríssimos, 2 perguntas que não querem se calar:

1- Porque a Viola, mesmo utilizando a "Clave de Contralto", faz Tenor, na CCB?

2- Porque ainda tem o Tenor na Clave de Fá?  Não basta na Clave de Dó?

Comentários:
1- A Clave de Dó foi criada para representar vozes humanas. (R.Bnd 1995)

O Contralto é (ou era) representado pela Clave de Dó na 3a linha.
Porém na música atual, os cantores Soprano e Contralto utilizam a Clave de Sol, e os Tenores e Baixos, a de Fá.
(Curiosidade: As vezes tem o Tenor escrito na Clave de Sol, com indicação de 8a.abaixo.)

Ainda vemos clave de Dó para Vocal, mas em partituras antigas.
Portanto, se está em desuso, parece coerente não mais considerá-la como "clave de contralto".

A Viola faz uso da Clave de Dó na 3a, não para evidenciar ser contralto (ou não ser), mas sim por melhor lhe acomodar, evitando excesso de escritas em linhas suplementares.

A voz da Viola no H5, foi inspirada no Quarteto de Cordas Clássico, formado por 2 Violinos, 1 Viola e 1 Cello, onde as vozes são distribuídas assim:
I Violino:  1a voz
II Violino: 2a voz
Viola:        3a voz
Cello:        4a voz

Então a Viola atua na 3a voz, e no nosso hinário, a 3a voz é o Tenor.

Observe que a 2a voz (contralto) pertence ao II Violino.
Não por acaso, o hinário de Cordas traz essa orientação também.


2- Na orquestração do H5, a nossa convenção define assim:

Violino:
-Voz principal: Soprano
-Voz alternativa: Contralto

Viola:
-Voz principal: Tenor
-Voz alternativa: Contralto

Violoncelo:
-Voz principal: Baixo
-Voz alternativa: Tenor*

* Observe que o Violoncelo poderá ser solicitado ao Tenor, para recomposição do conjunto.
Isso só será cômodo, porque no H5 há outra escrita para Tenor, na clave de Fá.
O ensinamento (convenção) 4/2015, orienta 50% de Cordas na nossa formação, permitindo que ocupem todas as funções, se necessário for, as principais e as alternativas.

Nota:
- Ao músico compete sempre a voz principal.
- A voz alternativa somente se lhe for solicitado, por necessidade de  recomposição do conjunto.

Importante:
Para conhecer o "conjunto de intenções" da Orquestração do H5, sua distribuição e redistribuição das vozes, o nobre Encarregado terá disponível o "Manual de Orientação às Orquestras da CCB", para consultas.

Obs:
Esse resumo foi extraído de orientações recebidas. Não é uma opinião pessoal, pois sequer conheço o naipe, nem  tenho propriedade sobre o tema.

Claudio Moraes