Nobríssimos conservos
Outra pergunta que insiste em não se calar:
Existem erros de arcadas, no H5 ?
Bem...
Arcadas e dedilhados nuuuuunca serão unânimes.
Um exemplo:
Jascha Heifetz tinha as suas e seu amigo e colega Natan Milstain tinha outras, nos mesmos Concertos.
E ambos eram excelentes.
Existem escolas que muito influenciam na didática violinística: escola francesa, theca, alemã, russa, franco-belga, etc.
Cada uma com seu padrão didático-pedagógico.
As arcadas do H5, independente de padrões, foi produto de um consenso entre uns 20 irmãos profissionais de Cordas, que trabalharam durante anos, procurando o que melhor se adaptava ao nosso hinário.
Quem são esses irmãos:
- Spalla da OSSA
- Violinistas do Teatro Municipal de SP (OSM).
- Violinistas da OSUSP, OSSJC, OSSC, etc.
- Autores de métodos.
- Professores de curso superior de música.
- Etc...
Não há erro.
Há consenso.
Desejou-se fazer assim, e foi feito.
Recentemente alguns irmãos deste grupo, discutindo esse tema, mencionaram sobre Leopold Mozart.
Este foi um violinista, professor de música e compositor alemão.
Dentre tantas peças que escreveu, há o notável tratado de violino, de cujas informações auxiliaram na didática da época (estilo, articulações, etc).
Mas nada disso tem a ver com as arcadas utilizadas no hinário.
Não há nenhuma relação de Leopold, com as arcadas para a música sacra e o canto congregacional que utilizamos.
Nossas arcadas no hinário são direções de arco padronizadas, adaptando-se às articulações do canto congregacional.
Assim como são padronizadas nos naipes de cordas das orquestras sinfônicas, de câmera e qualquer outro grupo de cordas friccionadas.
Enfim.
Não há erro.
As arcadas são absolutamente tranquilas de serem executadas.
É só estudar.
rsrsrs
Sobre formas de opinar:
Qualquer irmão é livre para expressar sua opinião sobre esse ou qualquer outro tema, porém quem é músico mesmo, sabe muito bem que, em se tratando de música, não é possível afirmar haver erros.
É desaconselhável insistir que isso ou aquilo é errado.
Pois a música é uma ciência inexata (exceção à proporcionalidade, essa sim é exata).
Um dos atrativos da música é justamente o inexato, imprevisto, inóbvio, infrequente, eventual, surpreendente, etc.
A "quebra da rotina".
Portanto evitemos tais afirmações, quando se tratar de formas de execução e interpretação.
Afinal, "2 intérpretes jamais executarão iguais, um mesmo trecho musical."
O poder da Convenção:
"O que 2 ou mais intérpretes convencionam que deve ser executado assim, a convenção prevalece."
Portanto, quem, de sua visão, julgar haver equívocos na nossa construção musical, ou em qualquer outra, que se manifeste sabiamente, com palavras sóbrias e polidas, como:
"não acho essa arcada adequada", ou
"acho que outra arcada seria mais indicada".
etc.
Pois ninguém, nenhum músico, nem autor, compositor, escola, ninguém detém a verdade absoluta.
Logo, qualquer afirmação não é nada mais do que mera opinião.
A arcada constante do H5, foi produzida para prática e execução do H5.
Quem desejar fazer parte desta orquestra, deve executar exatamente como está escrito.
Foi assim convencionada.
Obs: Esse resumo foi extraído de orientações recebidas dos irmãos que participaram da elaboração do hinário de cordas.
Não se trata de opinião pessoal.
Claudio Moraes