A postura, a conduta, e a forma de um discurso verbal podem ter várias versões.
Na música, a frase musical já está escrita, pronta... nós somos os intérpretes, nós faremos o discurso.
Em períodos musicais ou determinados estilos, a improvisação é permitida, e dentro da essência pré estabelecidas pela época, ou pelo estilo, o intérprete pode alterar, modificar e dar o seu "toque único".
Quase sempre improvisar impossibilita que a mesma interpretação possa ser repetida, tornando o momento da execução único.
Portanto existe a peça escrita e o intérprete.
E o intérprete pode assumir papel principal, e as vezes mais importante até do que o autor da peça musical.
A mudança de discurso, "falar" (cantar) a melodia de uma forma diferente é o que se espera.
A habilidade do intérprete está em questão.
E nesses casos, mudar o discurso musical não é "faltar com a verdade".
O próprio autor da peça ao escrever está dando uma autorização, subentendida por fazer parte do movimento musical ou estilo que, o que criou é apenas uma idéia inicial, e que os intérpretes darão a sua contribuição na arte final.
Agora pense em nossos hinos...
Temos um propósito, uma finalidade ao executar os hinos...
Para quem você está executando...
Nossos hinos ainda possuem um significado maior. Para cada frase musical existe uma poesia.
Quando tocamos também temos um sentimento associado a música, relacionado a poesia.
Recebemos os ensinamentos e o MOO nos diz, e até mesmo em nossos hinários está escrito como deve ser a execução:
que nossa execução deve ser baseada na poesia...
Alguns músicos em ambientes que não são a Congregação, em aglomerações e encontros, costumam fazer um "círculo" e iniciam a executar de forma muito liberal, sem propósito de louvor a Deus... são as "tocatas".
Nesses encontros as execuções quase sempre fogem do que está previsto na partitura.
A improvisação distorce as palavras poéticas.
O homem sobressai e é exaltado pela sua habilidade.
Ainda que alguém cante junto, um extravasamento de "alegria" musical pode dar a impressão que "aquele que está sendo louvado" esteja se agradando de uma brilhante e habilidosa execução.
Cresce o homem habilidoso com as chaves, nas modulações harmônicas...cresce a vaidade no homem.
Algumas alterações feitas podem dar até a sensação de "risadas" e "gargalhadas" musicais.
Será que isso é o fundamento dos nossos hinos?
Será que isso expressa o sentimento das poesias dos hinos?
Ou será que isso é uma forma disfarçada do adversário tirar dos corações os verdadeiros sentimentos que precisam estar em nossos corações quando louvamos a Deus?
E pior ainda,
uns acabam trazendo esses costumes para o nosso meio, nas congregações...
O homem embriagado pelas vaidades das "alegrias musicais" tem muita dificuldade de produzir um som sóbrio!
Perdendo a essência do original, por maior habilidade técnica que tenha, por mais bela que seja a sua sonoridade, não será pura!
Não por apogiaturas, ou por glissandos e vibratos exagerados, mas pela falta de respeito ao nosso Deus, ainda que acerte todas as notas, não será um som exato!
Respeitar os ensinamentos e não distorcer aquilo que é sacro não é apenas respeito ao ministério.
É respeito ao nosso Criador!
Seja puro, sóbrio e exato em seu louvor.
Seja verdadeiro!
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